Elza Soares

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Sobre Elza Soares

Elza Soares foi um tesouro nacional. Em mais de seis décadas dedicadas à música, a cantora representou a essência da brasilidade – e não apenas no samba, mas no jazz, no soul funk, no rap e em todos os gêneros nos quais se aventurou desde 1960, ano em que lançou seu primeiro compacto, Se Acaso Você Chegasse, e voltou as atenções do Brasil (e do mundo) para seu estilo vocal rouco, autêntico e potente. No ano seguinte, o álbum A Bossa Negra anunciou a produção rica e prolífica que se estabeleceria ao longo das décadas de 60 e 70, com clássicos como “Edmundo”, “Mulata Assanhada”, “Salve a Mocidade” e “Malandro”. Ao contrário do que sua música então sugeria, a vida da cantora foi marcada por passagens difíceis. Nascida em 1937 na favela carioca Maria Bonita, Elza Gomes da Conceição foi forçada pelo pai a se casar aos 12 anos de idade, foi mãe aos 13 – a artista perdeu cinco dos nove filhos, três deles para a fome – e ficou viúva aos 21. Mais tarde, viveu um conturbado casamento com Mané Garrincha, que terminou em 1982. No ano seguinte, o craque do futebol faleceu. A década de 80 marcou um período de ostracismo agravado por uma severa depressão. Elza quis encerrar a carreira, mas, segundo a própria, Caetano Veloso não deixou – juntos, eles gravaram “Língua”, em 1984. Pouco mais de quinze anos mais tarde, sua música foi resgatada pelo cantor, além de artistas como Chico Buarque e os Titãs, para o musical Crioula, com faixas compostas para as emocionadas interpretações de Elza. O tributo coroou a nomeação da artista como Cantora do Milênio pela BBC de Londres, em 1999 – um acontecimento simbólico, já que os anos 2000 marcaram o renascimento da artista. Aclamado por público e crítica, o álbum Do Cóccix Até o Pescoço (2002) propôs uma mistura de gêneros como o samba e o soul com ritmos eletrônicos, que eram uma tendência na época. Em 2015, a cantora causou outra revolução musical. Ao lado dos músicos do chamado samba sujo paulistano, ela gravou o celebrado A Mulher do Fim do Mundo, em que passeou por rocks, sambas e funks em um projeto que é um verdadeiro registro da sonoridade da década. O álbum, que rendeu à artista seu quinto prêmio GRAMMY® Latino, poderia ser um grande final para uma carreira gloriosa, mas Elza quis mais. Em 2019, ela lançou Planeta Fome, que abraçou temas que a cantora abordou ao longo da sua vida: a pobreza, o machismo, a homofobia e o racismo. Em 2021, saiu seu 35º álbum, Elza Soares & João de Aquino, gravado nos anos de 1990, mas que ficou arquivado por 20 anos. Incansável, Elza - que faleceu aos 91 anos em janeiro de 2022 - redefiniu o significado da palavra longevidade.

CIDADE NATAL
Rio De Janeiro, Brazil
NASCIMENTO
23 de junho de 1930
GÊNERO
MPB

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