O Faixa a faixa é uma maneira inovadora de o artista apresentar o seu álbum para o público. Os comentários exclusivos em áudio revelam a visão autoral e trazem um contexto valioso para a obra. Para Shani Diluka, fazer música é uma atividade tão espiritual quanto meditar. Em Pulse (2023), título que evoca a repetição e os padrões hipnóticos da música minimalista, a pianista e poeta revela as nuances que estão além da superfície de peças de Philip Glass, Moondog, John Adams, Meredith Monk e John Cage, entre outros. Mas Pulse também trata da força que mantém a vida, da batida do coração, do movimento da respiração, do fluxo e refluxo da natureza, da energia frenética das cidades. “Este é o paradoxo da humanidade: estamos ligados à natureza, mas também conseguimos entrar no ritmo louco da cidade”, diz Diluka. Segundo a pianista, Pulse também trata da unidade na diversidade, uma ideia central para a física quântica. “Tenho amigos na França que são astrofísicos famosos, um deles trabalhou com Stephen Hawking. Eles dizem que todos viemos da explosão de estrelas, que somos todos poeira estelar. Tudo tem esse ponto em comum, o que significa que estamos todos conectados ao universo. O álbum apresenta vozes diferentes com ideias distintas e formas diversas de enxergar o mundo, mas existe uma conexão que une todas elas.”