Giuseppe Verdi

Um dos compositores de ópera mais conhecidos da história, Giuseppe Verdi transformou o bel canto rigoroso de Rossini, Donizetti e Bellini em uma celebração da existência humana, com estrutura fluida e profundidade psicológica. Filho do dono de uma estalagem, Verdi nasceu em 1813 na região da Emilia-Romagna, onde se apresentava na igreja desde cedo. A sua primeira ópera, Oberto, Conte di San Bonifacio, estreou no La Scala de Milão em 1839. Durante nove anos, Verdi escreveu 13 óperas, de Nabucco (1842) a Rigoletto (1851). Esta última foi a primeira de três obras-primas melodramáticas (além de Il Trovatore e La Traviata, de 1853) sobre famílias destruídas pela paixão. Em seguida, Verdi partiu para estudos épicos sobre o poder com óperas como Aida (1871). Depois do magistral Requiem (1874), ele voltou nas décadas seguintes com duas obras-primas: Otello (1887) e Falstaff (1893). Essas peças formalmente inovadoras representam o ápice artístico do compositor que, até morrer em 1901, subverteu boa parte das regras da ópera, mantendo-se sempre fiel à sua magia melódica.