Gabriel Fauré

Sinceridade, clareza e expressividade eram as palavras de ordem de Gabriel Fauré, que foi influenciado por Berlioz, Schumann e Chopin e pelo radicalismo de Arnold Schoenberg. Sua carreira também foi marcada pela Guerra Franco-Prussiana e pela Primeira Guerra Mundial. Fauré nasceu em Parmiers, sul da França, em 1845, se formou como músico de igreja e esteve por muitos anos associado às igrejas de Saint-Sulpice e de Madeleine em Paris. A obra para piano de Fauré inclui noturnos e barcarolas (13 de cada) e traça uma evolução que vai do charme da música de salão à complexidade harmônica presente nas últimas obras, talvez em parte devido à crescente surdez do compositor. A ópera Pénélope (1913) foi recebida com pouco entusiasmo, mas as canções de Fauré, muito apreciadas por Ravel, são a base da “mélodie” francesa. Uma rica produção de música de câmara, que vai de sonatas a quartetos e quintetos de piano, revela um compositor sofisticado e flexível. O introspectivo e conturbado Quarteto de Cordas (única incursão de Fauré no gênero) foi concluído pouco antes de ele morrer, em 1924.