Este álbum reúne no estúdio Jonas Kaufmann e Antonio Pappano três anos após a sua triunfante apresentação no Covent Garden, quando o tenor interpretou o papel pela primeira vez. É uma versão elegante com Papano seguindo a partitura com grande atenção aos detalhes, e extraindo uma performance magnífica da sua orquestra. O Otello de Kaufmann está à altura da abordagem do maestro, e o seu tenor barítono abrange facilmente toda a gama desse papel formidável. A Desdêmona de Federica Lombardi se desenvolve de forma convincente ao longo de toda a ópera e realmente emociona. Carlos Álvarez faz de Iago um conspirador introspectivo. Um álbum que merece a sua atenção.