A baiana Pitty, é um dos nomes mais relevantes do rock da sua geração no Brasil. A cantora, que começou com um cardápio diversificado transitando entre o punk, heavy metal, hardcore e blues, se consolidou com um repertório que equilibra contestação social e lirismo com uma sonoridade intricada que injeta elementos de folk, hip-hop e ritmos brasileiros ao bom e velho rock‘n’roll. • Depois de ganhar notoriedade na cena underground com a banda de hardcore Inkoma, Priscilla Novaes Leone, se lança em carreira solo como Pitty. • A cantora deu vazão à sua poética no bem-sucedido álbum de estreia Admirável Chip Novo (2003). Além da faixa homônima, o trabalho emplacou músicas que se tornariam hinos do rock BR, como “Teto de Vidro”, “Máscara”, “Equalize” e “Semana Que Vem”, vendendo mais de 370 mil cópias e conquistando a crítica especializada. • Em Anacrônico (2005), Pitty é a compositora de todas as músicas, além de revezar em instrumentos como piano e violão. O trabalho foi divulgado com uma turnê superproduzida e, em 2006, a cantora ganhou projeção internacional com uma apresentação no Rock In Rio Lisboa. • O ano de 2009 foi incendiário na trajetória da artista. Aproveitando a explosão do acesso à banda larga no Brasil, Pitty produziu Chiaroscuro com a participação de fãs, que acompanharam as gravações pela internet e escolheram o título do álbum por meio de enquete. “Me Adora”, “Fracasso” e “Só Agora” revelaram um trabalho lapidado, apostando em harmonias psicodélicas e arranjos vocais melódicos e complexos. • O desejo por explorar sonoridades diversas resultou no projeto paralelo Agridoce, formado por Pitty e o guitarrista da sua banda, Martin Mendonça. O duo conquistou espaço no mundo folk, sendo convidado para um dos festivais mais importantes do gênero, o South By Southwest, realizado anualmente em Austin, no Texas. Além do sucesso autoral “Dançando”, o Agridoce reinterpretou canções do The Smiths (“Please, Please, Please Let Me Get What I Want”), Leonard Cohen (“Hallelujah”) e Rolling Stones (“Sweet Virginia”). • A cantora investe em caminhos cada vez mais diversificados e colaborativos. Matriz, lançado em 2019, conta com parcerias do BaianaSystem (“Roda”) e Larissa Luz (“Sol Quadrado”) e foi indicado ao GRAMMY Latino no mesmo ano. Durante a pandemia, a cantora reuniu artistas do rap, rock e manguebeat no projeto Casulo, que resultou em um elogiado EP homônimo em 2021.