As paisagens sonoras evocadas pela french house jazzística do DJ Cam lembram um verão norte-americano perdido no meio da década de 90. A sensação vem dos timbres, do andamento e dos samples, e ganha força na medida em que surgem arranjos de cordas reminiscentes da soul music e batidas de hip-hop que remetem ao minimal techno de Robert Hood. O francês, no entanto, jamais chega a soar datado e fora de forma — ao contrário, consegue abrir espaço para o R&B cantado em faixas nas quais o piano brilha forte e as batidas têm presença mais discreta.