Como em qualquer expedição que se preze, as aventuras de um passeio pela música africana dependem do tempo que você dispõe para explorá-la. Por ser tão variada, cheia de ritmos únicos e uma imensa pluralidade de subgêneros, sua definição é vasta como o próprio continente africano. Siga a trilha musical, do Cairo até a Cidade do Cabo, para descobrir as raízes de uma gama surpreendente de ritmos e sons presentes nos maiores sucessos do pop atual. Partindo dos ritos tribais e cerimônias do antigo Egito, é possível entender como a música da África conseguiu chegar até as mais remotas partes do mundo. Em Mali, o casal Amadou & Miriam, está entre os nomes mais quentes, misturando uma pegada soul com instrumentos de corda e percussão; na Somália, a Dur-Dur Band, importante grupo musical de Mogadishu, tem se tornado fundamental para a cena disco da região; enquanto na Etiópia, Mulatu Astatke se destaca pela sutileza e perfeccionismo com que leva o seu ethio-jazz, gênero do qual é um dos pioneiros. No Brasil, a influência do suingue africano contribuiu de maneira fundamental à musicalidade local. Desde a época dos escravos, herdou-se o ritmo, o gingado e a cultura dos povos africanos trazidos para o país. Por isso, o DNA afro pode ser identificado em quase todos os estilos originados aqui: do batuque à roda de samba, os estilos influenciados pela "mama africa" cairam nas graças do povo, e seguem influênciando a música do Brasil.