Curta e meteórica, a carreira de Pop Smoke foi interrompida no auge, em 2020, com a trágica morte do rapper do Brooklyn. Representante da primeira linha de novos talentos da cena do hip-hop nova-iorquino, Smoke ganhou o mundo com sua voz grave e experimentações com o drill britânico. • Filho de mãe jamaicana e pai panamenho, Bashar Barakah Jackson, nome de batismo de Pop Smoke, nasceu em 1999 no bairro de Carnesie, no Brooklyn, em Nova York. Da infância e adolescência turbulentas, ele se envolveu cedo no mundo do crime e chegou a cumprir pena, em prisão domiciliar, por tráfico de drogas e porte de arma. • Paralelamente, sua história com a música foi sendo construída: ele tocava bateria africana na igreja local e, mais tarde, começou a fazer remixes de faixas de drill, vertente mais sombria do trap nascida em Chicago em meados da década de 2010 e exportada para o Reino Unido, onde ganhou uma identidade própria. • A carreira como rapper começou quase por acaso: numa sessão de estúdio com amigos, em 2018, Pop Smoke começou a gravar os próprios vocais. Já passeando pela cena cada vez maior do drill no Brooklyn, o artista passou a combinar sua voz marcante e grave com a sonoridade do estilo. • O sucesso veio em 2019, com o lançamento do single “Welcome to the Party”. Produzida por 808Melo, um dos precursores do drill britânico, a faixa estourou rapidamente, alcançando milhões de ouvintes no mundo todo. • Com o barulho, Pop Smoke embarcou em colaborações com grandes nomes, como Nicki Minaj, o conterrâneo Boogie wit da Hoodie e Travis Scott. No mesmo ano, o rapper lançou o álbum de estreia, Meet the Woo, que conquistou o público com faixas como “Dior” e “Brother Man”. • Em 2020, Meet the Woo 2 superou o sucesso do antecessor, alcançando o topo das paradas com singles como “War” (com Lil Tjay), “Get Back”, “Christopher Walking” e “Invincible”. Logo após o lançamento do álbum, no auge da carreira e produzindo intensamente, Pop Smoke foi assassinado aos 20 anos durante um assalto na sua casa em Los Angeles. • Meses depois, saiu o primeiro álbum póstumo do rapper, Shoot For The Stars Aim For The Moon, com 34 faixas – entre elas os sucessos “For The Night”, com Lil Baby e DaBaby, e “Hello”, com Boogie wit da Hoodie – e produção de 50 Cent. • No ano seguinte, foi a vez de Faith, que trouxe nomes como Kanye West e Pusha T (“Tell The Vision”), Dua Lipa (“Demeanor”), Pharrell Williams (“Spoiled”), (Chris Brown (“Woo Baby”) e Future (“Mr. Jones”).