Quando Avril Lavigne apareceu para o mundo, em 2002, o pop feminino adolescente era dominado pela apelação sexual e uma sonoridade que corria poucos riscos. Com calças folgadas, pulseiras de tachinhas, boné para trás e uma atitude rebelde, a jovem, de 17 anos, empunhou a guitarra e a voz revoltada para entregar um pop-punk pouco explorado na época, dando início a uma avalanche de roqueiras que mudaram a cena da música. • Nascida em Ontário, Canadá, em 1984, Avril Ramona Lavigne chamou a atenção dos pais quando, aos dois anos, começou a cantar “Jesus Loves Me” no carro, na volta da missa para casa. • Aos 15 anos, Lavigne ganhou um concurso para cantar ao lado da estrela Shania Twain para uma plateia de 20 mil pessoas, entre elas, o cantor Stephen Medd, que convidou a garota para cantar em seus álbuns. • A canadense foi descoberta pelo seu primeiro empresário cantando versões de músicas country em uma livraria. Um ano depois, Lavigne assinou com a gravadora Arista por um valor recorde para a época. • Seu álbum de estreia, Let Go (2002) preencheu um vácuo deixado por Gwen Stefani e Courtney Love no imaginário adolescente dos anos 2000. Com os hits “Complicated” e “Sk8er Boi”, o disco vendeu 16 milhões de cópias em todo o planeta e deu voz a uma nova geração que celebra a diferença e despreza os “posers”. • Dois anos após a estreia oficial, Avril Lavigne embarcou na turnê mundial para divulgar o bem-sucedido Under My Skin, composto ao lado da cantora Chantal Kreviazuk, que deu um tom mais melódico às músicas da nova rockstar. • Lavigne enfrentou problemas como muitas outras celebridades. Seu casamento (e separação) com Chad Kroeger, líder do Nickelback, foi amplamente coberto pela mídia sensacionalista. E, em 2015, ela foi diagnosticada com doença de Lyme, que, se não tratada, pode causar problemas sérios de saúde, como paralisia muscular e fadiga. • Com seis álbuns gravados, a cantora continua inspirando garotas em suas letras narrativas e diretas, como “Girlfriend” (2007) e “Here’s to Never Growing Up” (2013), grandes influências para popstars recentes, como Billie Eilish, que escreveu o seguinte ao encontrar Lavigne: “Obrigada por me fazer quem eu sou”.