Treze noites insones deram vida às 13 faixas de Midnights, aguardado álbum de Taylor Swift. A artista, que usa a caneta como extensão dos seus pensamentos e emoções, se entrega mais uma vez a composições profundas, complexas e, por vezes, insólitas. Caso de “Snow On The Beach”: a faixa – que conta com a participação de Lana Del Rey – nos transporta ao cenário onírico de uma praia com neve. Como canta Swift: “Weird but fucking beautiful” [em tradução livre, “Estranho, mas lindo pra caramba”]. A também famosa veia nostálgica de Taylor entra em ação em “Lavender Haze”, em parceria com Zoe Kravitz. A faixa é inspirada em um episódio da série Mad Men e cuja expressão, nos anos 50, significava estar apaixonado. A artista ainda abre sua caixa mais íntima e, com coragem, revela inseguranças e as coisas que menos gosta em si mesma em “Anti-Hero”, primeiro single do álbum, e fala sobre uma relação que caiu nas garras da monotonia em “Sweet Nothing”, que também traz a caneta afiada de William Bowery (pseudônimo de Joe Alwyn). Midnights, que traz quatro versões em vinil e CD, também conta com colaborações de Jack Antonoff, parceiro de composição de Swift de longa data, Jahaan Aki Sweet e Mark Anthony Spears. Um grande time para fazer coro à insônia produtiva de Taylor – ou, como ela desabafa em “Anti-Hero”, “Midnights become my afternoons” [“As meia-noites viram minhas tardes”]. A versão especial expandida de Midnights inclui sete novas faixas.