Laboratório Do Groove

Laboratório Do Groove

O oitavo álbum de Eli Soares, Laboratório do Groove, conta com uma novidade na carreira do cantor, pois, junto com a banda com a qual toca há mais de sete anos, ele resolveu mudar a maneira como gravava seus projetos. “Por causa da correria da agenda, a gente nunca tinha o tempo necessário para fazer um trabalho do jeito que deveria ser feito”, conta em entrevista ao Apple Music. “A gente fazia as coisas já com hora para acabar, e isso deixa o momento de criação muito limitado.” Segundo ele, havia um sonho: “gravar um álbum inteiro sem ninguém amolando e sem se preocupar com hora de estúdio”. “Até mesmo essa fase de maturação dos arranjos, da criação... Eu queria ter a oportunidade de gravar, ouvir, descansar o ouvido, depois ouvir de novo, e se quisesse refazer... A gente sempre falava que precisava fazer um laboratório, porque era esse o momento que teríamos para criar coisas, experimentar ideias e testar. E aí veio a pandemia, mudou tudo, e eu pensei: por que não fazer o ‘laboratório do groove’?” Em maio de 2021, o tenor levou a banda para Belo Horizonte (MG), sua cidade natal, e passaram dez dias, com todo o tempo que julgavam necessário, entre a casa de Soares e o Estúdio Mix para criar o álbum. “Tínhamos um tempo de comunhão entre nós e o tempo de trabalho. Era um ambiente-teste, com uma atmosfera de possibilidades, onde colocávamos para fora tudo o que estava dentro da gente, fosse na nossa cabeça ou no nosso coração.” Com a dedicação de uma música por dia, o resultado trouxe bastante alegria para o cantor, que considerou o período um verdadeiro “privilégio”. Criar algo durante a pandemia do coronavírus, segundo Soares, foi de extrema importância, pois assim se conectou com o seu desejo de sempre estar ligado com a arte e com a música, elementos tidos como escape para ele. “Para mim, fazer música durante a pandemia me fez entender que eu poderia ajudar a levar a mensagem do evangelho, de Jesus, de paz. Não estou falando de religião, estou falando de uma mensagem verdadeira de Cristo.” Indicado ao Grammy Latino quatro vezes, Soares traz um álbum com músicas inspiradas na black music dos anos 70 e 80, com letras positivas e vibrantes, que farão os fãs relembrarem a importância do amor em suas vidas. A seguir, o cantor conta detalhes de cada uma das faixas de Laboratório do Groove. Tudo Passa “Eu já tinha a música comigo há um bom tempo, e ela estava guardada. Mas eu queria fazer algo. Interessante porque, ao pensar no que mudou e no que está igual, essa música fala que ‘tudo passa, tudo muda’, mas a palavra de Deus permanece. É uma faixa especial que tem a forma certa do groove para falar uma mensagem tão importante: não seja apegado, se adapte, porque tudo passa. O tempo passa, pessoas passam... Situações, momentos difíceis, desertos da nossa vida, a noite... Tudo passa! Mas a nossa fé e a nossa vontade de continuar devem permanecer.” Dele, Com Ele “Esse projeto teve uma concepção diferente do que eu já estava fazendo. Eu sou produtor e estive à frente de todos os meus outros sete álbuns. Laboratório do Groove foi muito diferente de tudo o que eu já tinha feito. Essa música foi uma maneira de manter um pouquinho a essência e a forma que me trouxeram até aqui. Ela é uma música que talvez se pareça mais com as outras que eu fiz, que é um groove mais barulhento, suingado. Uma concepção diferente, uma mistura. Eu amo essa demais.” Viver O Amor “Essa é a mensagem mais séria desse projeto, e eu achei uma forma alegre de entregá-la. Ela fala sobre viver o amor, porque há muita gente falando sobre o amor, mas poucos vivem. Se você olhar as redes sociais, muitas pessoas falam sobre o assunto, mas, se parar para ver, são corações tristes. A pessoa está rindo por fora, mas chorando por dentro. A gente fala demais, reclama demais, mas é incapaz de viver o amor. É uma mensagem muito séria, mas com uma fórmula alegre de ser passada.” Se Eu Cair “Talvez a música mais especial para mim de todo o projeto. Ela fala sobre cair, mas ‘a Sua mão vai me levantar’. O poder de Deus aparece na nossa fraqueza. Essa música fala demais comigo, amo-a demais.” Ele É “Ela veio por partes, picada. Eu já tinha o refrão e, quando eu comecei o álbum, sabia que era a hora de fazer. Já tínhamos uma concepção dos anos 70 e 80 e conseguimos um resultado maravilhoso com essa música.” Pela Fé “Foi uma música mais técnica mesmo. A gente conta com a inspiração, é claro que é muito importante, mas essa música foi criada durante o laboratório. Cada baixo, bateria, arranjo de flauta, tudo foi muito pensado. Dá gosto de ouvir, porque ela foi milimetricamente elaborada.” Graça Maravilhosa “Foi engraçado, porque ela era a mais indefinida de todo o projeto. Não sabia muito o que essa música seria. Ouvi a primeira versão e não gostei do resultado. Voltei ao estúdio e, com tempo, tive a oportunidade de mexer na música de novo e consegui acertar e chegar a um resultado que me deixou muito feliz. Cheguei a pensar em tirá-la do projeto, mas gostei como ficou.”

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