Enfrente

Enfrente

"Prestes a completar três décadas de estrada, o CPM 22 lança Enfrente, álbum de inéditas que dá novos contornos à estética do início de sua trajetória. O guitarrista Luciano Garcia e o baixista Ali Zaher assinam a produção do projeto, sucessor de Suor E Sacrifício, de 2017. “A sonoridade do Enfrente traz referências do punk rock dos anos 90, com bastante velocidade e letras conscientes. Além disso, o álbum aborda questões sociais de maneira reflexiva e direta e tem uma certa nostalgia do começo da banda, mas com a roupagem contemporânea do CPM 22 de hoje. É um hardcore com melodias, arranjos e vocais elaborados”, explica Badauí, vocalista e fundador do grupo, ao Apple Music. Com um público fiel e uma agenda de shows constante, o CPM 22 mantém o seu DNA criativo, mesmo após as transformações do mercado musical e mudanças na sua formação. “Ao longo destes 30 anos conseguimos carimbar o nosso nome na história do rock brasileiro. Nos sentimos muito fortes e estamos felizes com a chegada do novo álbum. Sabemos exatamente quem é o nosso público, e é para ele que a gente compõe. A relação entre os músicos da banda e a equipe também está muito sólida. Estamos prontos para seguir com ótimas novidades pela frente”, conta o vocalista. A seguir, Badauí revela como foram criadas as faixas de Enfrente. Porto Seguro “É uma música bem pessoal do Luciano Garcia e é uma das minhas favoritas dele. Ela tem metáforas, frases fortes e vocais de apoio. Logo de cara a gente percebeu que abriria o álbum, pois tem um clima de começo.” Dono da Verdade “A letra foi composta por mim, e a música é de Ali Zaher. Originalmente a faixa era maior e tinha outras estrofes, mas o Luciano fez alguns ajustes e a lapidou. Ela começa com um refrão, que é algo que a gente gosta muito de fazer e porque a gente sente que gera um impacto diferente. A faixa fala sobre as discussões banais das redes sociais e a necessidade que as pessoas têm de vencer qualquer debate.” Rivais “A faixa surgiu a partir de um texto que eu tinha escrito e a letra foi depois editada por Garcia, que também musicou. Ela fala sobre a polarização e a desunião do povo, que é um caminho para o fracasso da sociedade. Obviamente, cada um deve defender seus ideais, mas em uma democracia é importante que o diálogo seja construído para que se possa chegar a um caminho melhor para todos, não apenas para um dos lados. Só assim a gente pode evoluir.” Mágoas Passadas “É uma música bem pessoal do Luciano. Ele passou por muitas perdas, e esta faixa tem sentimentos intensos e verdadeiros. Quando ele me mandou a primeira versão em voz e violão, imediatamente senti a emoção e tive certeza de que ela entraria no álbum.” Enfrente “É o tipo de punk rock de que eu gosto. Acho que é uma das músicas mais legais que eu já fiz. A minha letra se encaixou perfeitamente na melodia do Phil Fargnoli. Fala sobre injustiças sociais e o jogo desleal da ascensão [social]. Tudo é muito mais fácil para quem está no topo da pirâmide econômica. Mas, ao mesmo tempo, a música incentiva a seguir em frente e abraçar todas as oportunidades, apesar das barreiras.” Direto e Reto “É uma faixa mais ‘lado B’ do álbum. Ela foi composta pelo Garcia e é um punk rock mais cru, com um refrão forte de que eu gosto muito. É uma música mais enxuta e objetiva.” Conselhos “A música foi composta pelo Garcia para o filho dele e tem uma levada diferente, que quebra um pouco a velocidade do álbum, com uma grandiosidade, um respiro. Com frases emotivas, a letra é reflexiva e otimista ao mesmo tempo. O teclado do Pedro Pelotas [Cachorro Grande e Samuel Rosa] ambientou a música de uma maneira muito bonita. Ela soa como o final do ‘lado A’ ou início do ‘lado B’.” O Ano em Que a Terra Parou “A letra foi composta por mim, Ali Zaher e Phil Fargnoli durante a pandemia da Covid-19. Aborda os sentimentos de medo e de lamentação que nós vivemos na época. Também é uma crítica a quem não quis se vacinar e às pessoas que não se sensibilizaram com as mortes e com a gravidade da situação.” Alívio Imediato “Originalmente ‘Alívio Imediato’ não me chamou muito a atenção, mas ela cresceu no estúdio. A letra foi escrita pelo Luciano e parece que foi feita para mim. Fala sobre falta de memória e procrastinação. Eu sou esse cara que sempre quer fazer tudo correndo e em cima da hora.” Nunca Se Sabe “A letra é minha e a melodia é do Phil. Fala sobre a indiferença à miséria e à pobreza, mazelas tão presentes nas ruas do Brasil. É uma crítica à insensibilidade e ao abismo social. Mas acho que a mensagem da música não é tão evidente e abre espaço para outras interpretações.” Feriado Punk “A letra surgiu a partir de um texto que eu escrevi em 2019, depois que fui ao Punk Rock Bowling, festival que acontece em Las Vegas (EUA). O Garcia colaborou com a letra e a musicou. Ela fala sobre a sensação de estar entre amigos em um festival punk que reúne pessoas do mundo todo com um mesmo propósito.” Convicto “Esta é uma faixa que cresceu muito na gravação em estúdio, cujo resultado eu adorei. Ela tem arranjos de guitarra e vocais incríveis e entrou no lugar certo do álbum, porque quebra um pouco a levada hardcore que estávamos conduzindo até aqui. É uma música bastante pessoal do Luciano.” Covarde Digital “O título é bem explicativo. É sobre os ‘haters’, pessoas que passam a vida xingando os outros nas redes sociais sem motivo algum. Eu não gostaria de ter feito esta música, mas achei necessário. A melodia é do Luciano, e a letra, nossa.” Urbano “Esta faixa é mais street punk e tem a participação do Fernando Lamb, amigo de muitos anos e integrante da Não Há Mais Volta, banda independente e nossa parceira. Eu queria fazer uma faixa com dois vocais em um clima meio Rancid, e a voz dele se encaixou perfeitamente. Ela fala sobre a correria do dia a dia e os problemas da cidade. A letra é minha e do Luciano. É a faixa ideal para fechar o álbum.”"

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