Aaron Smith descreve “For My Father” como sendo uma “carta de amor para as pessoas mais importantes da minha vida”. O cantor e compositor prodígio poderia manter os detalhes sobre os seus relacionamentos com essas pessoas –especialmente com seu pai – longe do olhar do público, mas, ao invés disso, permite que suas músicas forneçam essas explicações. “Não fico mais chateado com isso. Como compositor, é ótimo ser capaz de colocar essas emoções nas músicas, em vez de ir para um bar e desabafar”, brinca o escocês. “Quer dizer, eu também passo muito tempo num bar fazendo isso”. O novo EP mostra uma evolução significativa do trabalho de Smith. Sua sonoridade deliciosa continua inundada de melancolia, mas agora há uma riqueza e uma determinação mais firme. A seguir, Smith conta a história por trás de cada faixa: Brother “Queria escrever essa música sob o ponto de vista do meu pai. Tentei pensar nas coisas com o olhar dele. O começo diz algo como: ‘Se pudesse, começaria novamente, mas aqui estou eu de novo’. Talvez seja o seu jeito de descrever a vida como se tivesse acabado. Eu me senti apoiado para dar meu máximo ao trabalhar com Ed Tullett (produtor e compositor britânico). Me apaixonei pela música dele e, após algumas horas de trabalho juntos, eu já estava: ‘Gosto de você pra caramba”. Trabalhar com alguém que admiro tanto foi algo poderoso.” Unconditional “Ouvi Holly Humberstone no Barn on the Farm (festival de música em Gloucester, na Inglaterra), mas nunca a havia encontrado até a mãe dela pegar minha guitarra no festival achando que era da Holly. A partir disso, combinamos uma sessão de gravação e ela contribuiu com os vocais desta faixa. Ela é muito boa. É como se fosse um dos caras da turma, na verdade. Quando compus essa com o Joe (Rubel, compositor e produtor britânico), era uma música romântica. Mas quanto mais pensava nela, mais eu sentia como se fosse uma faixa sobre estar longe das pessoas amadas hoje em dia. É sobre aquele amor que você possui por alguém e que nunca vai mudar.” Doubts “Essa é uma música realmente antiga, composta depois do fim de um namoro de cinco anos. Foi um rompimento ruim e não reagi muito bem. Eu que terminei o relacionamento, mas, imediatamente, pensei: ‘Que estou fazendo?’. Um daqueles momentos. Eu estava bebendo quase todas as noites e sumi por Newcastle, onde escrevi essa música.” Your Turn Now “Um verdadeiro desabafo. É uma faixa para colocar tudo na mesa. A minha favorita do EP. Algumas pessoas me falaram que ela soa como uma música de fim de relacionamento, mas não é isso. No entanto, gosto que as pessoas consigam criar suas próprias histórias sobre faixas como esta.”