Liderada pelo incansável Carlos Santana, a banda Santana está desde o fim dos anos 60, quando estourou diante do grande público do festival Woodstock. Responsável por levar o rock latino ao mainstream, o grupo enfrentou altos e baixos e mudanças constantes em sua formação, mas soube se reinventar e se adaptar, sem abrir mão das próprias raízes. • Como banda, Santana nasceu em 1966, na cidade de São Francisco, na Califórnia, pelo guitarrista mexicano Carlos Santana. O primeiro álbum foi gravado e lançado em 1969, mesmo ano em que a banda tocou no festival de Woodstock. A performance alçou o grupo à fama internacional e o álbum Santana alcançou a quarta posição no ranking da Billboard americana, com destaque para “Jingo” e “Evil Ways”. • Em abril de 1970, a banda voltou ao estúdio para gravar o segundo álbum, Abraxas, cujo maior destaque é a releitura de “Black Magic Woman”, do Fleetwood Mac – a música chegou ao topo das paradas nos Estados Unidos. Santana III saiu em setembro de 1971 e também chegou ao primeiro lugar do Billboard 200. • Imersa na influência de grandes nomes do jazz, como Miles Davis, John Coltrane e Joe Zawinul, a banda lançou Caravanserai em 1972, A partir de Borboletta (1974), assumiu uma proposta mais experimental, com seu líder interessado na fusão entre o jazz e o místico. • Com os lançamentos de 1978 e 1979, Inner Secrets e Marathon, respectivamente, a banda se afastou do rock latino e avançou em direção a um rock mais convencional, mas o movimento não se refletiu em sucesso comercial. No entanto, a década seguinte começou bem para Santana: Zebop!, de 1981, alcançou o top 20 em vários países. • Após alguns lançamentos sem grande relevância, a banda passou sete anos sem gravar material inédito, embora continuasse a fazer shows. A volta aos holofotes aconteceu no fim dos anos 1990. • O Santana entrou para o Hall da Fama do rock e o álbum Supernatural (1999) estourou, graças aos hits “Smooth”, gravado com Rob Thomas, e “Maria Maria”, com The Product G&B. O álbum vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo. Além do sucesso comercial, Supernatural ganhou oito prêmios GRAMMY, incluindo Álbum do Ano. • Em 2002, a banda lançou Shaman, que estreou bem, mas não repetiu a performance do antecessor. Mesmo assim, marcou época com dois hits, “The Game of Love”, que contou com Michelle Branch nos vocais, e “Why Don't You & I”, cantada por Chad Kroeger. • Após testar diferentes gêneros – inclusive o heavy metal, em Shape Shifter (2012) –, o grupo voltou ao som latino raiz. Em 2016 saiu o aguardado Santana IV, álbum de estúdio que reuniu a formação clássica da banda do início dos anos 70. O primeiro single foi “Anywhere You Want To Go”. • Em 2019 foi a vez de Africa Speaks, produzido por Rick Rubin. O ano também marcou o 20º aniversário de Supernatural e o 50º da lendária apresentação da banda em Woodstock. Para celebrar, o Santana encabeçou uma longa residência no House of Blues, em Las Vegas. • Com fôlego de sobra depois de mais de cinco décadas na ativa, a banda apresentou, em 2021, Blessings and Miracles, que traz os singles “Move” e “She's Fire”.