Uma das cantoras mais populares do Brasil começou a fazer sucesso antes mesmo de gravar seu primeiro álbum. Nascida em 1995 em Cristianópolis (GO) e criada em Goiânia, Marília Dias Mendonça começou a compor aos 12 anos e, poucos anos mais tarde, músicas suas já ressoavam pelo país nas vozes de astros do calibre de Cristiano Araújo, Wesley Safadão, Henrique & Juliano e João Neto & Frederico. O talento precoce da compositora para traduzir com precisão e pungência as dores do coração se consolidou através de sua bem-sucedida carreira de cantora – quando ela começou a cantar nos bares de Goiânia, o cachê era bebida e comida. Já no primeiro registro, o EP Marília Mendonça (2014), veio o sucesso “Sentimento Louco”. No primeiro álbum, Marília Mendonça Ao Vivo (2016), o estouro duplo: “Infiel” e “Como Faz com Ela”. Nascia ali a “rainha da sofrência” e, com isso, as mulheres passariam a ter mais protagonismo no sertanejo, gênero cuja narrativa tradicionalmente privilegia o ponto de vista masculino. Foi com Maiara & Maraisa, uma das principais duplas do “feminejo”, que Mendonça gravou Patroas (2020), álbum em que o “trio parada dura” mostra grande forma. No ano anterior, a cantora ganhou o GRAMMY Latino de melhor álbum de música sertaneja por Todos os Cantos, Vol. 1, Vol. 1, o primeiro volume de um projeto grandioso e ousado que tem o objetivo de percorrer as capitais de todos os estados brasileiros e que incluiu também a gravação de um DVD ao vivo e um documentário.