O pianista e compositor Christoph Eschenbach nasceu em 1940, em Breslávia, na Polônia. Ele ficou órfão aos quatro anos e foi mandado para diferentes campos de refugiados na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, até que foi enfim resgatado por uma prima, que ensinou o garoto introvertido e traumatizado a tocar piano. Em 1965, Eschenbach venceu o prestigiado Concurso Internacional de Piano Clara Haskil, um ponto de virada importante em sua carreira. A partir daí, ele deu vida a uma série de gravações notórias, incluindo obras de Mozart, Beethoven e Schubert. Todas essas produções atestavam o estilo de interpretação único e ousado de Eschenbach e, rapidamente, ele virou um pianista requisitado no circuito internacional. Ao mesmo tempo, ele estava começando a desenvolver suas habilidades como regente, recebendo mentoria de George Szell e Herbert von Karajan. Em 1979, Eschenbach se tornou diretor musical da Orquestra Filarmônica do Estado de Rheinland-Pfalz (Staatsphilharmonie Rheinland-Pfalz). Mais tarde ocupou cargos de liderança na Orquestra Tonhalle, em Zurique (1971-85), na Orquestra Sinfônica de Houston (1988-99), na Orquestra de Paris (2000-10), na Orquestra da Filadélfia (2003-08) e na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, D.C. (2010-17). O estilo de regência de Eschenbach – impulsivo e intenso, com mudanças de ritmo frequentes – dividia opiniões, principalmente na Filadélfia, onde ele entrou em conflito com musicistas sobre questões relacionadas à interpretação. Mas um grupo sólido de admiradores valorizava o compromisso apaixonado de Eschenbach com a música e o impacto emocional que ele era capaz de criar.