No final dos anos 90, quando a música pop de grupos como Spice Girls e Backstreet Boys incendiavam o mundo, uma cantora solo adolescente começava a roubar as atenções. Foi em outubro de 1998 que Britney Spears lançou o single “...Baby One More Time”. O arranjo empolgante, aliado à imagem de colegial que foi ao ar num videoclipe um mês depois, foi sucesso imediato, e fizeram com que o álbum homônimo, lançado em janeiro de 1999, batesse recordes. Mais de um milhão de cópias vendidas em um ano fizeram de ...Baby One More Time o maior sucesso comercial de uma cantora adolescente até então. Mas a jovem Britney Spears, nascida em 1981, ainda tinha muito para dar ao mundo - ao longo de 30 anos ela foi de sex symbol a ícone na luta contra o abuso psicológico. A escalada se deu a partir do segundo álbum, Oops!... I Did It Again (2000), no qual declarou não ser tão inocente quanto a imagem criada para ela. A evolução de garota angelical a símbolo sexual se concretizou com o terceiro álbum, Britney (2001), e o clipe sensual de “I'm a Slave 4 U”; e com o quarto, In the Zone (2003), cuja bem-sucedida parceria com Madonna no hit “Me Against The Music” culminou em um beijo das duas em pleno palco do MTV Video Music Awards. Em 2004, quando se casou e decidiu fazer uma pausa na carreira para formar uma família, era uma das celebridades mais procuradas por tabloides sensacionalistas. Em 2007, após dois partos, um divórcio, visitas a clínicas de reabilitação e o assédio constante dos paparazzi, ela já era vista por muitos como uma estrela em decadência quando voltou às paradas com o quinto álbum, Blackout. Abrindo com a inesquecível frase “It's Britney, bitch”, o retorno histórico atingiu a marca de 3,1 milhões de cópias vendidas em um ano, com “Gimme More”, “Piece of Me” e "Break the Ice” na comissão de frente. Ácido, sensual, contestador e eletrizante, o trabalho é um marco na história do pop e consolidou a artista como diva, sendo (bem) sucedido pelos exitosos Circus (2008), Femme Fatale (2011) e Britney Jean (2013).