Último lançamento
- 15 DE MAR. DE 2024
- 8 músicas
- Six Evolutions - Bach: Cello Suites · 2018
- Bach: Cello Suites Nos. 1-6, BWV 1007-1012 (2009 Remaster) · 1900
- Songs from the Arc of Life · 2004
- Guitar Heaven: The Greatest Guitar Classics of All Time (Deluxe Version) · 2010
- Yo-Yo Ma Plays Ennio Morricone (Remastered) · 1997
- Beethoven for Three: Symphony No. 4 and Op. 97 "Archduke" · 2024
- Songs from the Arc of Life · 2015
- Yo-Yo Ma Plays Ennio Morricone (Remastered) · 2003
- Yo-Yo Ma Plays Ennio Morricone (Remastered) · 1997
- Beethoven for Three: Symphony No. 4 and Op. 97 "Archduke" · 2024
Álbuns essenciais
- “Que poder tem esta música que até hoje, 300 anos depois, nos ajuda a enfrentar tempos difíceis?”, refletiu Yo-Yo Ma no seu site antes do lançamento deste álbum, o seu terceiro com as suítes para violoncelo de Bach. Para o violoncelista, que ainda apresenta estas obras em concertos, a música de Bach contém uma “variedade infinita”, na qual o compositor se esforça “para entender tudo o que o violoncelo pode fazer”. Ma diz que Bach escreveu estas seis suítes para violoncelo no único período da vida em que não estava trabalhando para a igreja. “Eu acho que deve ter sido um período sabático para ele”, diz o violoncelista. “Ou seja, foi quando ele deve ter se divertido e pensado: ‘Quais experiências eu posso fazer nesse laboratório?’.” Nas suítes, acrescenta Ma, Bach experimenta não apenas a capacidade do violoncelo em si, mas o poder da música de expressar o inexprimível, de lidar até mesmo com ideias sobre natureza e humanidade. A seguir, Ma comenta as seis suítes para violoncelo solo e importância delas em sua carreira: Unaccompanied Cello Suite No. 1 in G Major “A Suíte Nº 1 foi a primeira que aprendi, quando tinha quatro anos. Para mim, ela sempre descreve algo da natureza ou da água – algo de uma variedade infinita. E acontece uma coisa interessante no primeiro movimento: ele para no meio e se reconstrói mais forte depois. Isso faz parte da narrativa que Bach aplica repetidamente – e não é diferente do que fazemos na sociedade.” Unaccompanied Cello Suite No. 2 in D Minor “Na verdade, o primeiro movimento desta suíte foi a primeira peça que executei em Paris, quando tinha cinco anos. Como muitas suítes, a Nº 2 tem uma estrutura formada por cabeça, coração e mãos. O quarto movimento, a “Sarabanda”, é o coração, e os “Minuetos” e a “Giga” são as pernas. No primeiro movimento, novamente, tem uma ruptura. Dá para ouvir o esforço, de certa forma infrutífero, para chegar a algum lugar, mesmo que a música continue nessa direção. Mas a suíte termina com uma nota de esperança. Até hoje ela é uma das minhas preferidas.” Unaccompanied Cello Suite No. 3 in C Major “É maravilhoso quando você se depara com uma música que é pura alegria. Alegria e celebração. Alegria e celebração da realização humana. Alegria e celebração do que a natureza generosamente nos dá. Na Suíte Nº 3, isso é realizado com plenitude e faz parte da vontade de Bach de entender tudo o que o violoncelo pode fazer.” Unaccompanied Cello Suite No. 4 in E-Flat Major “Depois de três suítes, Bach acha que conhece muito bem o violoncelo, mas se pergunta: ‘O violoncelo consegue fazer o que eu quero que ele faça?’. A partir da Nº 4 ele expande as possibilidades do instrumento, começa a brincar com as estruturas e leva o ouvinte a lugares estranhos. É uma realização sensacional. Com esta suíte, entramos em um território incrível.” Unaccompanied Cello Suite No. 5 in C Minor “A gente sabe que Bach estava frustrado com alguns órgãos de tubo porque não conseguiam fazer o que o compositor esperava, mas isso também valia para o violoncelo. Com a Suíte Nº 5, Bach decide que quer mais excelência. Mas o violoncelo é incapaz, então o que ele faz? Ele “desafina” uma corda [de lá para sol], o que lhe permite explorar mais o aspecto emocional. E ele expande a forma: em vez de o “Prelúdio” ser apenas um improviso, ele insere uma fuga, a maneira mais complexa de organizar a música na época. Os movimentos de dança que vêm depois atravessam um buraco negro que levam o ouvinte a outra dimensão.” Unaccompanied Cello Suite No. 6 in D Major “Bach acha que sabe tudo do violoncelo e quer que o instrumento faça mais. Então ele escreveu a Suíte Nº 6 para um violoncelo com uma corda a mais. Ele encontrou um instrumento para realizar sua vontade. A obra exige o máximo do violoncelo e é muito difícil de tocar. O objetivo de fazer isso é criar uma arquitetura, não é uma questão técnica. Esta é a suíte que leva Bach ao paraíso, e ele leva o ouvinte ao sublime, à transcendência, à celebração cósmica. É um triunfo inacreditável.”
- Três excelentes intérpretes de Brahms e tocam juntos pela primeira vez. Os três trios de Brahms cobrem toda a vida criativa do compositor: o primeiro foi composto quando ele tinha 20 anos, o segundo ao final dos 40 e o terceiro quando ele tinha por volta de 50 anos. Trata-se de música de câmara de alta qualidade: flexível, perspicaz, alegre e com um frescor cativante. Kavakos, o mais jovem dos três, acompanha os dois amigos de longa data com um estilo natural e tocante.
- Yo-Yo Ma foi o solista de Azul quando o concerto para violoncelo e orquestra estreou em 2006, com a Orquestra Sinfônica de Boston. Agora ele, que é um dos violoncelistas mais conhecidos do mundo, volta a interpretar a obra do argentino Osvaldo Golijov, neste álbum de temática celestial da orquestra nova-iorquina The Knights. Além de Azul, o repertório inclui obras de compositores de perfis díspares entre si, como o alemão Karlheinz Stockhausen, o tcheco Antonín Dvořák (com Ma como solista na ária Song to the Moon) e o norte-americano Sufjan Stevens.
- A obra do grande violoncelista traz uma pergunta importante: onde é o nosso lar?
- 2021
Playlists
- Cada faixa conta uma parte da história de um dos maiores violoncelistas.
- Supergrupo rompe as barreiras entre música clássica e country.
- “Bach leva o ouvinte ao sublime e à celebração cósmica.”
- O violoncelista Yo-Yo Ma conversa com Zane Lowe em Nova York.
Álbuns ao vivo
Com participação em
- Hrishikesh Hirway
- Raffi & Lindsay Munroe
- Hugh Wolff & The Saint Paul Chamber Orchestra
Mais para ouvir
Veja também
Sobre Yo-Yo Ma
Mais do que um dos maiores violoncelistas virtuosos dos nossos tempos, Yo-Yo Ma é um grande defensor do engajamento intercultural e do ativismo musical –seja em Bach ou na música brasileira, seja em Elgar ou em trilhas sonoras e, ainda, nas canções folclóricas dos Apalaches e da Mongólia. Com um catálogo de mais de 100 álbuns, ele já tocou para nove presidentes norte-americanos e é mensageiro da paz da Organização das Nações Unidas. Nascido em Paris em 1955, filho de pais chineses, Ma começou a estudar o violoncelo com seu pai quando tinha apenas quatro anos. Três anos mais tarde, sua família se mudou para os Estados Unidos, onde ele frequentou a Juilliard School e a Universidade de Harvard. Após ganhar o Avery Fisher Prize, em 1978, o violoncelista assinou contrato com a CBS Masterworks (hoje Sony Classical). Pelo selo, ele gravou as suítes para violoncelo de Bach em 1993, 1998 e 2018. O repertório clássico de Ma ganhou força com colaborações de longa data com o pianista Emanuel Ax, o baixista Edgar Meyer e o violinista Isaac Stern, entre outros nomes. Em 1998, Ma fundou o Silkroad Ensemble, coletivo musical de atuação internacional. Desde os anos 90, ele tem interpretado ritmos como o jazz, com o vocalista Bobby McFerrin (Hush, de 1992), o bluegrass, como em Appalachia Waltz (1996) e The Goat Rodeo Sessions (2011), além de Astor Piazzolla, em Soul of the Tango (1997), e trilhas sonoras de filmes como O Tigre e o Dragão (2000), com Tan Dun. Entre seus projetos mais recentes está Songs of Comfort and Hope (2020), gravação caseira elaborada durante a pandemia de Covid-19.
- CIDADE NATAL
- Paris, France
- NASCIMENTO
- 7 de outubro de 1955
- GÊNERO
- Música clássica