Colecionar colaborações de peso como Chris Brown e 6LACK logo no primeiro álbum é apenas uma das muitas surpresas de Rema. Nascido em 2000, o nigeriano estourou com “Calm Down” em 2022, colocando até Selena Gomez para cantar afrobeat em uma regravação que rodou o mundo e chegou ao topo dos rankings de países como Estados Unidos, Bélgica, Canadá, Portugal, Holanda e Suíça. Sua ascensão meteórica reflete o início da carreira, em 2018, quando publicou um vídeo fazendo rap freestyle sobre as batidas de uma versão instrumental de “Gucci Gang”, de D'Prince, Davido e Don Jazzy. Foi o próprio D'Prince que, impressionado com as rimas do jovem de 18 anos, levou o som para a gravadora nigeriana Mavin Records. Da primeira safra de EPs, “Dumebi” escalou para a fama na Nigéria e entrou para a lista das 100 melhores de 2019 da Pitchfork, enquanto a ensolarada “Iron Man” conquistou seu lugar entre astros como Beyoncé e Ella Fitzgerald na playlist de verão do casal Obama em 2019. O álbum de estreia, Rave & Roses (2022) já nasceu estrelado. Ambicioso, Rema gravou o trabalho em sua cidade natal, a Cidade do Benin, mirando o mundo; a começar pelo gênero, que ele denominou de afrorave – uma junção de afrobeat com influências árabes e indianas – às participações da estrela francesa Yseult (que encanta com agudos oníricos em “Wine”) e do britânico AJ Tracey (com um rap que dá densidade à positiva “FYN”), além dos norte-americanos Chris Brown e 6LACK. Mas foi “Calm Down”, faixa em que canta sozinho, que colocou o nome de Rema por 14 semanas no Hot 100 da Billboard e acenou para o futuro brilhante do jovem cantor e compositor nigeriano.