As fotografias da época mostram um homem imponente e digno, com uma barba aristocrática. Por trás da imagem pública, porém, Johannes Brahms era tímido e algo inseguro. Ele nasceu em uma família simples, em Hamburgo, em 1833, e tornou-se símbolo da música sinfônica alemã. Robert Schumann foi o primeiro a apoiar o jovem compositor, mas seu colapso mental marcou a vida de Brahms, que passou a ter um relacionamento intenso, complexo e criativamente vital com Clara Schumann, viúva do compositor. O impacto desses dramas pessoais pode ser notado em obras emocionalmente carregadas, como o Concerto para Piano Nº 1 (1858) e a Sinfonia Nº 1 (1876). Talvez o compositor tenha se expressado de modo mais pessoal na música de câmara, nas composições para piano e nas canções – obras em que pôde revelar a sua verdadeira natureza sensível e melancólica. Brahms morreu em 1897, em Viena, e deixou sinfonias e concertos magníficos que são pilares do repertório moderno de música clássica.