Em poucos anos, Dua Lipa se tornou uma figura tão onipresente na cena pop que nem lembramos de um mundo sem a cantora. Mas o trabalho foi árduo. Nascida em Londres no ano de 1995, filha de um casal de imigrantes albaneses do Kosovo, ela começou a estudar canto com nove anos na prestigiada Sylvia Young Theatre School. Após cinco anos em Pristina, capital do Kosovo, Dua Lipa retornou para a Inglaterra, passou a gravar covers no quarto de um amigo e a distribuir o material para promotores de shows. Entre contatos e iniciativas na internet, conseguiu contrato com uma agência e, depois, com a Warner Music. Mesmo assim, a cantora sempre manteve uma insegurança vital para sua trajetória: levou dois anos até ficar satisfeita e lançar o primeiro single, “New Love”, trabalhou nos bastidores para filmar o vídeo (sem orçamento) de “New Rules” e colaborou com artistas como Sean Paul. Em 2017, quando lançou o álbum de estreia homônimo, recheado com hinos feministas como “IDGAF” e “Hotter Than Hell”, Lipa já era a nova cara do pop britânico. Um ano depois, fez história como a primeira artista feminina a receber cinco indicações ao BRIT Awards – ganhando dois prêmios, algo que se repetiria nos GRAMMYs de 2019. No segundo álbum, o desafio foi diferente. A artista apostou em um pop vibrante, mas com influências da disco music psicodélica. Após vazamentos on-line, Future Nostalgia foi lançado em 2020, durante o lockdown mundial causado pelo coronavírus. Em vez de prejudicar o lançamento do trabalho, a pandemia ganhou um adversário musical: uma coleção de faixas inebriantes que soavam como o tônico escapista perfeito para um ano complicado. “Don’t Start Now” se tornou a música de maior sucesso da cantora nos EUA. Cinco meses depois, ela lançou uma versão com remixes do trabalho em parcerias com Madonna, Gwen Stefani e Mark Ronson.