Sob o comando do incansável John Fogerty, o Creedence Clearwater Revival apostou uma corrida contra si mesmo no final dos anos 60 e início da década seguinte. Ao longo de cinco anos de existência, o grupo californiano lançou sete álbuns que moldaram um “rock raiz” com origens vindas do encontro entre o blues, o R&B e o swamp rock. • Por quase uma década, Doug Clifford (bateria), Stu Cook (baixo) e os irmãos Tom (guitarra solo e voz) e John Fogerty (guitarra base e voz) existiram como banda com os nomes de The Blue Velvets e Vision and The Golliwogs, até o ano de 1968 quando foram rebatizados de Creedence Clearwater Revival. • Em 1969, o grupo o grupo lançou três álbuns ( Bayou Country, Green River e Willy and the Poor Boys), incluiu dois hits no cancioneiro norte-americano (“Fortunate Son” e “Proud Mary”) e participou do histórico festival de Woodstock, no estado de Nova York. • Enquanto a música californiana se esbaldava com a energia hippie e psicodélica do Verão do Amor, o quarteto vindo da Bay Area apresentava uma musicalidade que parecia vir de outro habitat – o sul dos Estados Unidos – e promovia o encontro do blues, do country e do R&B característicos da região cortada pelo rio Mississípi. • “Fortunate Son”, principalmente, “Bad Moon Rising” e “Run Through the Jungle” se tornaram hinos de protesto contra a Guerra do Vietnã e fenômenos do movimento de contracultura que dominava o imaginário do jovem norte-americano. • O grupo lançou Cosmo's Factory em 1970, o mais bem-sucedido comercialmente da carreira, que unia covers icônicos (caso de “I Heard It Through the Grapevine”, de Marvin Gaye) e composições autorais sólidas (“Travelin' Band” e “Lookin' Out My Back Door”). • O Creedence Clearwater Revival viveu intensamente a virada de década. De 1968 a 1971, foi considerada uma das maiores bandas de rock da época. • Com o baixo sucesso comercial de Mardi Gras, o litígio com a gravadora Fantasy Records e a crescente tensão entre os integrantes, o Creedence Clearwater chegou ao fim em 1972. • Cinquenta anos após a apresentação do grupo no festival, Live at Woodstock foi lançado em 2019. O registro da apresentação do grupo, se não foi perfeita, retrata uma banda talentosa a beira do estrelato.