Dona de uma intempestividade incomum dentro do universo do pop eletrônico, Charli XCX transforma cada lançamento em um salto no qual é impossível prever com exatidão onde será o pouso: o resultado pode ser energético ou uma subversão vanguardista que mira o futuro. O certo é que será dançante. • De ascendência indiana e escocesa, a inglesa Charlotte Emma Aitchison (Cambridge, 2 de agosto de 1992) já compunha aos 14 anos e, aproveitando-se da intensidade da cultura britânica de raves e da liberdade revolucionária do MySpace, assinou o primeiro contrato com uma gravadora aos 18. • Conhecida pelos singles sombrios “Nuclear Seasons” e “Stay Away” e pelo elogiado álbum True Romance (2013), Charli chegou ao topo como compositora – e por dividir os microfones – em hits como “I Love It”, com Icona Pop, e “Fancy”,. • Incluída na trilha sonora do filme A Culpa É das Estrelas, “Boom Clap” – e consequentemente o segundo álbum dela, SUCKER (2014) – colocou Charli XCX de vez no universo pop. • O subversivo EP Vroom Vroom (2016), criado na companhia dos artistas e produtores SOPHIE, Danny L Harle e A. G. Cook, é a prova de como a inglesa é afeita às rupturas. O trabalho foi aclamado por apontar para um futuro possível de fusão da música pop e eletrônica chamada de hyperpop. • Depois dos sucessos com Icona Pop e Iggy Azalea, Charli manteve colaborações em alta. As parcerias da artista reúnem o melhor da música pop mundial, como BTS (“Dream Glow”), Troye Sivan (“1999”), Lizzo (“Blame It On Your Love”) e a brasileira Pabllo Vittar (“Flash Pose”). • Em um inédito processo colaborativo com os fãs ao longo de seis semanas, criou how i'm feeling now durante a quarentena de 2020. O trabalho traz a atitude punk de "faça você mesmo” com batidas ariscas e letras sobre solidão e incertezas. • Em 2022, lançou CRASH, álbum com músicas pop mais elaboradas do que o antecessor. Segundo a própria artista, em entrevista ao Apple Music, a estética luxuosa é resultado de um “experimento”.