Álbuns essenciais
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Sempre criativo e inquieto, Caetano Veloso captou a essência da influência indie nos anos 2000 e mergulhou nas guitarras sem adereço, na bateria simplificada e na rispidez sonora. O resultado é Cê, primeiro álbum do baiano ao lado da Banda Cê e marco modernizador em sua carreira artística. O tema da sexualidade perpassa a obra e é abordado com a crueza exigida pelo rock, como é possível ouvir em “Outro” e “Deusa Urbana”. Desde as primeiras notas, Caetano anuncia que está pronto para uma nova aventura estética. - Caetano Veloso fechou a década de 1970 entregando um dos seus grandes sucessos comerciais. <i>Cinema Transcendental</i> traz um cantor e compositor mais relaxado, apesar de ainda manter um discurso politizado contra a ditadura fora dos estúdios. A sonoridade ensolarada do álbum é resultante da parceria com A Outra Banda da Terra e conta, ainda, com as memoráveis faixas como “Lua de São Jorge”, “Beleza Pura”, “Menino do Rio” e “Oração ao Tempo”, todas em reverência à beleza que nos rodeia.
- 1976
- Pensado como um álbum duplo, <i>Qualquer Coisa</i> foi lançado em 1975 como uma obra isolada, junto com o minimalista <i>Jóia</i>. Nele, Caetano Veloso entrega pérolas de originalidade, como a levada espanhola da faixa-título e os tons de jazz de “Drume Negrinha”. O destaque, no entanto, é a interpretação do astro. Assumindo para si músicas de Chico Buarque (“Samba e Amor”), Jorge Ben (“Jorge de Capadócia”) e até dos The Beatles (“Eleanor Rigby”, “For No One” e “Lady Madonna”), ele marcou a MPB.
- Caetano Veloso lançou <i>Transa</i> em 1972. O álbum foi gravado em Londres — durante o período de exílio do artista — e se tornou um verdadeiro ícone especialmente entre os amantes da vertente mais indie rock do compositor. Com faixas compostas em inglês como "You Don't Know Me" e "Nine Out of Ten", participações especiais de grandes nomes como Gal Costa e arranjos de Jards Macalé e Tutti Moreno, a obra foi eleita pelo próprio músico como uma das principais representantes de seu melhor período criativo.
- Considerado um dos primeiros álbuns da Tropicália, a estreia solo de Caetano Veloso é uma das obras mais influentes da MPB. Apresentando uma divertida mistura da tradição musical brasileira com regionalismos e notas de rock 'n' roll contemporâneo, o projeto transborda vivacidade e energia. Dividindo espaço com faixas como "Clarice" e "Superbacana" está um verdadeiro hino do movimento cultural e símbolo de paz, amor e liberdade: "Alegria, Alegria".