Belchior

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Sobre Belchior

Belchior queria viver o mundo, mas nem sempre sentiu que a recíproca era verdadeira. E boa parte de sua obra gravita em torno desta inquietude diante de uma realidade dura, arisca e pouco gentil. Natural de Sobral, cidade no interior do Ceará, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em 1946, estudou filosofia e foi morar em Fortaleza para estudar medicina antes de perceber que se conectava mais com o universo artístico do que com o da saúde. Abandonou o curso para dedicar-se à poesia, à prosa e principalmente à música. Aos 20 anos, já compunha e exibia suas músicas em festivais de música pelo Nordeste. Integrava um grupo de artistas como Fagner, Amelinha, Ednardo, Jorge Mello e Jorge Neres, entre outros, que passou a ser conhecido pelo resto do país como “Pessoal do Ceará”. Em 1971, venceu o IV Festival Universitário da MPB com “Na Hora do Almoço” e estreou como cantor em um compacto. Viu a carreira mudar quando Elis Regina, já uma cantora de sucesso, gravou “Mucuripe”, uma composição dele criada com o parceiro Fagner. A jornada pela segunda metade dos anos 70 colocou Belchior no topo da música popular brasileira. Com Alucinação, álbum de 1976, vieram sucessos como a autobiográfica “Apenas um Rapaz Latino Americano”, “Velha Roupa Colorida”, “Sujeito de Sorte” e “Como Nossos Pais”, também já gravada por Elis. Com letras confessionais, Belchior retratava como se sentia no mundo. “Trago de cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor baiano me dizia: ‘Tudo é divino, tudo é maravilhoso’”, diz a letra de “Apenas um Rapaz Latino Americano”. Era evidente o desalento de Belchior distante de suas raízes, conhecendo um mundo que ouvira no rádio. “Mas sei que nada é divino, nada, nada é maravilhoso”, diz outro trecho da mesma música. Na sequência de Alucinação vieram álbuns com maior e menor alcance comercial, com destaque para os celebrados Coração Selvagem (1977), Melodrama (1987) e Divina Comédia Humana (1991). Aos poucos, Belchior se afastou da vida pública e assim ficou até a sua morte, em 2017, aos 70 anos, mas a sua inquietude sustenta o interesse de novas gerações, curiosas pela imagem do compositor de bigode espesso e autor de letras que refletem uma vivência inquietante e, ao mesmo tempo, poética.

CIDADE NATAL
Brazil
NASCIMENTO
26 de outubro de 1946
GÊNERO
MPB

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