Banda Eva

Originalmente um grêmio estudantil formado em 1977 e formatado como bloco em 1980, a Banda Eva é parte fundamental do crescimento do Carnaval de Salvador e da propagação do axé para além da Bahia. O bloco, que ao longo dos anos 80 foi comandado por figuras importantes da música baiana, como Luiz Caldas, Ricardo Chaves e Durval Lélys, ganhou ainda mais potência com o fenômeno dos trios elétricos (caminhões de som amplificados que se tornaram regra no Carnaval baiano e se espalharam pelo Brasil entre o fim dos anos 80 e o início dos 90). Em 1993, o bloco evoluiu para o grupo capitaneado por Ivete Sangalo até 1999, ano em que a cantora decidiu seguir carreira solo; em pouco mais de meia década, a Banda Eva vendeu 5 milhões de álbuns, foi presença cativa em programas de TV e festivais dentro e fora do país, emplacou hits que podem ser considerados sinônimos do Carnaval, como “Eva”, “Arerê”, “Beleza Rara”, “Vem Meu Amor” e “Carro Velho”. O segundo álbum da banda, Pra Abalar, de 1994, apresentou ao Brasil clássicos como “Alô Paixão”, “Flores (Sonho Épico)” e a faixa-título. Em 1996, “Beleza Rara” atingiu rapidamente os primeiros lugares nas rádios brasileiras e catapultou a banda e a artista às alturas. Após a saída de Ivete, Emanuelle Araújo assumiu os vocais, trazendo um tempero mais pop ao axé que consagrou a Banda Eva, como no álbum Experimenta, de 2000. Em 2002, a entrada do vocalista Saulo Fernandes trouxe uma roupagem regional, referências à herança africana e novos hits para a discografia do grupo, como “Não Me Conte Seus Problemas”, “É Do Eva” e “Rua 15”. A Banda Eva segue como um dos blocos mais tradicionais do Carnaval de Salvador e possui milhares de fãs por todo o país. Desde 2013, o grupo é conduzido pelo vocalista Felipe Pezzoni, cujo carisma e energia ajudaram a renovar a imagem e a sonoridade da Banda Eva nos carnavais posteriores em hits como “Se Joga Por Cima de Mim” e “Meu Jardim”.