Fins de ciclo, reinícios e amores ganham tratamento contemplativo na voz canora e sóbria da cantora e compositora capixaba Ana Muller. Depois de conseguir boa aceitação para suas músicas publicadas de modo independente desde 2015 na internet, a jovem gravou o primeiro EP com seu nome e lançou o álbum compilado 2012-2016 pelo selo Garimpo, da iniciativa cultural Brasileiríssimos. Com Incompreensível (2019) preteriu o pop intimista por uma sonoridade melancólica mais experimental, paralelamente acumulando quilometragem apresentando-se por festivais nacionais de grande porte, como Rec-Beat e Bananada. A entrada no selo Taquetá marcou um novo momento de sua carreira, seja nos arranjos despidos do ao vivo Prelúdio ou no misto de baladas nostálgicas e samba em Taquetá Vol. 1, com Mariana Froes e Rodrigo Alarcon. A regeneração amorosa voltou a ser cantada no single “Recomeçar”, de 2022.