Phantomime - EP

Phantomime - EP

Quando Tobias Forge, o cérebro por trás do Ghost, criou Phantomime, uma coleção de cinco covers, ele tinha imaginado um álbum completo, não um EP. Forge chegou a gravar mais cinco músicas, além dos covers de Genesis, Iron Maiden, Television, The Stranglers e Tina Turner que você ouve aqui. “Eu tinha acabado de fazer o IMPERA e não tinha mais energia para passar pelo processo de outro álbum longo”, diz ele ao Apple Music. “Isso me desanimou um pouco mas, assim que cortei a lista no meio, vi que havia uma conexão bem rock entre essas cinco músicas. Pareceu uma solução mais coesa e atraente. Como acontece com muitas coisas na vida, às vezes temos que repensar uma ideia para, de repente, ela se tornar mais viável.” O que não muda é que Phantomime continua sendo complementar a IMPERA, de 2022. “Da mesma forma como o Live After Death, do Iron Maiden, é obviamente conectado a Powerslave”, explica Forge. “O lançamento de Phantomime coincidiu com a turnê de IMPERA. Até mesmo as artes dos dois estão conectadas. Mas usamos artistas diferentes porque seria interessante conhecer a visão de outra pessoa sobre quase a mesma coisa.” A seguir, ele fala mais sobre cada faixa de Phantomime: See No Evil “Quem conhece Television sabe que, mesmo quando eles tocavam música acelerada, era com suavidade – como se estivessem se apresentando para 10 pessoas no CBGB [clube de NY], o que provavelmente era o caso na época. E isso não diz nada sobre a qualidade da composição. Adoro os dois primeiros álbuns deles, Marquee Moon [1977] e Adventure [1978] – as composições são muito boas, mas o resultado é bastante contido. Senti que, se a gente fizesse uma versão Ghost, sairia mais como um Rolling Stones de 1982, contido, tocando sob o efeito de cocaína. Então é tipo uma versão da música hiperbólica e com esteroides.” Jesus He Knows Me “Se não fosse pelo Disturbed, eu diria que ‘Land of Confusion’ também estaria na lista, porque é uma música muito boa [o grupo gravou a música em 2005]. Mas o motivo pelo qual escolhi esta e não uma faixa do velho Genesis não tem nada a ver com preferir o novo Genesis, quando eles viraram uma banda mais pop. É só porque essas músicas são mais abertas a interpretações, enquanto várias das antigas músicas deles de rock progressivo não eram fáceis de interpretar, por causa da grandiosidade dos arranjos. E ‘Jesus He Knows Me’ parece que foi dada de bandeja. É relevante e adaptável.” Hanging Around “Escolhi esta música muito por causa do riff principal, que é bem suingado. Ela tem um gingado moderno, de que sempre gostei, e que influenciou minha escrita de muitas maneiras. Assim como o The Stranglers, usamos o teclado como instrumento principal de uma maneira que a maioria das bandas de hard rock ou metal não usa – eu definitivamente acredito que nosso denominador comum é o The Doors. Esta é uma das músicas mais famosas do The Stranglers – entre os fãs, pelo menos – e é baseada em um groove como este. Existem outras músicas muito boas e fortes deles, mas esta tem o trecho que fala sobre Jesus estar pendurado na cruz [‘hanging around’ na versão original; trata-se de um trocadilho, já que o termo pode significar tanto ‘pendurado’ como uma gíria para ‘vagar por aí’].” Phantom of the Opera “Acho que esta é a faixa do EP mais fiel à original – musicalmente falando, pelo menos. Mas tive o sinal verde do [baixista e letrista do Iron Maiden] Steve Harris para alterar um pouco a letra, já que o personagem do Papa precisa ser, neste caso, o personagem do Fantasma. Isso considerando que, no original, pela maneira como Paul Di'Anno canta, ele alterna entre Christine e o Fantasma, e aí vai para essa perspectiva em terceira pessoa. Então a letra original é um pouco confusa – coisa que eu não tinha percebido antes, mesmo tendo escutado a versão do Iron Maiden muitas vezes. Quando você começa a desmembrar essas músicas em partes, consegue ouvi-las sob uma nova luz e com uma nova escuta.” We Don’t Need Another Hero “Como um compositor que aprende ouvindo, não consigo ler a música. Não sei quase nada dessa parte acadêmica. Mas se eu puder lembrar a melodia de uma faixa, como aconteceu com esta, geralmente consigo decifrar de cabeça a sequência de acordes – porque, na maioria das vezes, não tem muitos para escolher. Com esta música da Tina Turner, no entanto, eu não conseguia decifrar qual era o terceiro acorde no refrão. E isso porque, na verdade, só existem dois. É por isso que esta música é o que é. Quando me dei conta disso, pensei: ‘Caramba! Que genial’. Foi o empurrão que eu precisava. Eu quis formular isso em uma versão maior e mais hard rock desta música, porque ela é muito boa e muito bem escrita.”

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