GRIFF

GRIFF

WC no Beat não contém a empolgação ao falar com o Apple Music sobre o seu segundo álbum, GRIFF, depois de dois anos de gravação, e um longo e meticuloso trabalho. “Desde que terminei o meu primeiro álbum, já estava trabalhando neste aqui”, conta o produtor responsável por introduzir o trap funk, a união das linguagens do trap norte-americano com o funk brasileiro, na música nacional. “Sempre entendi que o segundo álbum é aquele em que o artista deixa a marca dele”, avalia WC. Dois anos após 18K (2018), ele ataca com GRIFF a partir da ideia de “Deixar de fato grifado quem eu sou. Que finque a bandeira com o meu nome”. GRIFF é o trabalho que aproxima o gênero estabelecido por WC no Beat com o pop, o rap e o samba. Não por acaso, uma das músicas mais comentadas no lançamento do álbum foi “Cena de Novela”, que reúne Anitta, o rapper Djonga e o trapper PK. E também “Sem Limites”, com participações de Ludmilla e Vitão. Ao todo, GRIFF tem 33 participações. “Quero misturar as marcas de todos os artistas em uma grife”, ele afirma. A seguir, o produtor apresenta os detalhes das 12 faixas que compõem GRIFF: “São dois anos de muito estudo, dedicação e trabalho entre shows e clipes. O trabalho está genial. Me superei mais uma vez, com participações inéditas, coisas que ninguém viu. Tudo pensado fora da caixa”. Cheguei (feat. Zaac, MC Rebecca, Karol Conká e Preto Show) “A primeira faixa precisa chegar pesadona. E a ideia dela era mesmo chegar com os pés na porta. Nada melhor do que trazer estes artistas e o Preto Show, que é um rei em Angola. As pessoas nunca pensaram em um ‘feat’ do Zaac com a MC Rebecca, sabe? Minha ideia era deixá-los todos à vontade.” Se Envolver (feat. Dfideliz, MC Maneirinho e Meno Tody) “Pelo nome da música, você já entende do que estou falando, né? A ideia é criar uma música para festa, para tocar em boates, para rebolar o corpinho e fazer coreografia. Juntei o Dfideliz e o Meno Tody, do trap, com o funk do MC Maneirinho. Um pedacinho do funk do Rio de Janeiro com a mágica do trap de São Paulo. Vai ganhar atenção do público jovem.” Balança (feat. Pedro Sampaio e FP do Trem Bala) “Esta foi a música do álbum que já tinha sido lançada e fui muito feliz em fazê-la. Quem tinha juntado dois DJs e colocado eles para cantar? Isso causou uma estranheza, mas logo as pessoas entenderam que era uma música para balançar mesmo. Esta foi uma das músicas que escrevi e o MC Kevin O Chris ajudou com a melodia”. Gin (feat. MC Kekel, Luccas Carlos e Buchecha) “É a música mais R&B do álbum. Claro, ligado com o funk, por isso chamei o MC Kekel, e com o ambiente do rap do Luccas Carlos. Mas chamei o dinossauro Buchecha, que é o rei do R&B no Brasil, para participar também. O Kekel fez tudo no freestyle, só chegou no microfone e fez, fiquei impressionado. O Buchecha me disse que ficou sem palavras com a parte dele e me chamou de ‘Elon Musk do trap funk’. E é uma música que fala de gim, quem não gosta de gim?”. Rolé no Rio (feat. MC G15, POCAH e Xamã) “Escrevi a parte do MC G15. O Xamã escreveu a parte dele rápido, coisa de 40 minutos já estava tudo gravado. Fiquei impressionado. Tudo se encaixou em um beat orgânico, de violão, guitarra, batida de funk e o digital do trap. Não tirei a essência musical de nenhum deles. A POCAH canta música pop e foi natural esse encontro”. B.O. Temporário (feat. Dilsinho, Reik e Felp 22) “Para mim, este é um dos destaques do álbum. Fizemos um beat no hotel, criado a partir do violão. Assim saiu a batida. Apresentei primeiro a ideia para o Dilsinho, e ele se amarrou. Convidei o Felp 22 também porque vou sempre tê-lo nos meus projetos. Eu era um talento perdido no Espírito Santo e ele me ajudou, me trouxe para a grandeza. Já o Reik chegou à música por uma indicação da gravadora. Ele trouxe uma parada mais romântica para a faixa. Gosto de fazer música para dançar, para tocar na balada, com ritmo de balada”. Festinha do WC (feat. MC Kevin O Chris, Felp 22 e MC TH) “É uma música com os meus três amigos mais íntimos, que estão comigo há tempos, e eu queria trazer para o meu som. Esta é a minha festa, sabe? Fiquei imaginando como seria uma festa minha, com essas participações. É algo que fala muito sobre mim, tem minha marca, e também sobre curtir uma resenha com estas pessoas, com o Felp, com o TH e com o Chris. O Kevin O Chris, inclusive, fez o verso dele no improviso, foi mais de uma hora fazendo freestyle. Tenho tanto tempo de voz dele gravado que posso até fazer um podcast”. Foguenta (feat. MC Cabelinho e MC Mirella) “Vejo esta como a segunda melhor música do álbum. Minha esposa disse que era a melhor música que eu já tinha feito. Ela é bem orgânica, com uma linha de guitarra que eu mesmo gravei. E tem a MC Mirella, com aquele jeito dela, não tinha melhor pessoa para esta música”. Sem Limites (feat. Ludmilla e Vitão) Desde o álbum 18K (2018), a Ludmilla queria fazer um som comigo. Estava em uma cidade do sul do Brasil quando criei este beat, em um quarto de hotel. Ela foi a primeira pessoa para quem eu mandei este beat de funk. Em meia hora, a Ludmilla já tinha me respondido mandando um áudio cantando. No mesmo dia, as vozes gravadas já estavam na minha mão. O Vitão escreveu a parte dele e fez questão de ir até o meu estúdio gravar. Criamos uma amizade fenomenal. Ele faz uma referência a Tim Maia e, você sabe, falou de Tim Maia em uma música, é hit”. Chanel (feat. MC Don Juan, Jovem Dex e MC Hariel) “Esta música é trap, trap grave, muito grave mesmo. Cuidado para não ficar surdo com ela. O Hariel e o Don Juan estão em uma levada do rap. E trouxe o Nordeste do Jovem Dex para um ambiente de funk de São Paulo. Na minha opinião, Dex é um dos melhores MCs de trap da atualidade em métrica, flow e musicalidade. E trap fala de marca, de ostentação, fala do que é pesadão. Trap é isso. Essa é uma faixa para os jovens, para a galera que curte trap e um bom grave”. Cena de Novela (PK, Djonga e Anitta) “É uma das faixas mais diferentes que consegui fazer neste álbum. A Anitta me pediu para fazer um som comigo e com o PK. E eu chamei o Djonga. Claro, esse encontro criou um burburinho, do pop com o rap. Gravei primeiro com o PK, depois com a Anitta. Olha, nunca vi vozes tão encaixadas. Foi uma aula ver a artista número 1 do mainstream gravando na minha frente. Tem pop dentro do rap dentro do trap funk”. Vem Sentar de Novo (feat. MC Lan, Nog e MC GW) “Bom, esta música é indicada para maiores de 18 anos. Tirem as crianças da sala para ouvir. Nos meus álbuns, uma música sempre tem que ser a mais pesada, porque isso não foge do funk, tá ligado? É baixaria mesmo, não posso fugir disso. Trouxe o Lan, o Nog e o GW, e eles têm uma composição ousada. Crianças, não ouçam.”

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